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domingo, 18 de setembro de 2011

Conto: A Maldição da Vila #02

Novidade todo Sábado e Domingo o conto do mês sera publicado.
Um dia, quando Mari voltou do colégio encontrou sua bisa caída no chão. Mari a levantou e colocou na cama. Quando reparou que sua bisa estava morrendo, já era tarde demais. Mari ficou arrasada. Teria que se virar sozinha e se sustentar. Teria de arranjar um emprego.
Mari falou com seu ex-namorado, Rodrigo, e pediu um emprego a ele na sua padaria, Ela começou a trabalhar no mesmo dia. Iria ganhar pouco, mas se economizasse dava para pagar todas as contas.
Um mês se passou, Mari e Rodrigo se apaixonaram e começaram a namorar novamente. Mari passou a confiar em Rodrigo e achou que era hora de contar seu segredo a ele.
—Rodrigo, preciso falar algo serio com você. —Disse Mari —É urgente!
—O.k! —Disse Rodrigo—Pode falar.
—Lembra quando o prefeito disse que tudo que aconteceu naquele ano foram armadilhas do destino ou o cumprimento de uma maldição?
—Lembro sim. Mas o que isso tem haver com seu segredo?
—Minha bisavó me contava que aqui na cidade vivia uma Wica, que são bruxas. Minha bisa disse que uma delas jogou uma maldição em nossa cidade. E eu acho que tudo isso foi a maldição.
—Tudo isso o que? O prefeito disse que a historia só se repete de cinqüenta em cinqüenta anos.
Enquanto eles conversavam uma cliente chegou à padaria para esperar. Essa cliente era Gabriele.
—Talvez ele tivesse errado e eu certa! —Gritou Mari chorando—Será que dá pra me ouvir? Quando eu tinha dez anos, um morcego entrou no meu quarto e, observando mais de perto, reparei que era um vampiro. Eu não acreditava nisso ate eu virar uma! Diogo só virou lobisomem para não me deixar sozinha nessa hora de fraqueza.
Mari se virou de costas e levantou o cabelo para Rodrigo ver a marca da mordida.
—Eu sabia—Gritou Gabriele —Você, Mari, toda santinha! Claro que tinha um segredo!    Olhe eu não conto pra ninguém, pois sou sua melhor amiga, mas que isso já tava na cara, não posso negar.
—Gabriele, cala a boca —Disse Mari.
—Só uma perguntinha —Disse Gabriele —Você não vira pó quando sai ao sol?
—Não. —Respondeu Mari —Eu brilho.
Nessa mesma noite, durante o sono de todos, a casa de Mariana foi invadida. Não roubaram nada. Mari acordou assustada e encontrou perto de sua cama uma seringa usada. No dia seguinte ela contou tudo a seus amigos. Eles disseram para ela tomar cuidado e trancar bem a porta.
O dia foi normal exceto por Gabriele que estava estranha, bem pálida e com olheiras. Mari trabalhou, estudou e namorou um pouco.

***

Devido a sua natureza de vampiro, Mari precisava caçar para se alimentar. Quando estava no Matagal, próxima a cachoeira, se preparando para caçar, ouviu um barulho diferente. Eram passos. Mari seguiu o som e encontrou uma garota sentada no chão. Essa garota estava toda suja de sangue e estava segurando um coelho morto que estava sangrando muito. Essa garota tinha um cabelo cacheado cheio e preto, mas seus olhos eram de um azul tão profundo e brilhante que de certa maneira você poderia se afogar. Era Gabriele. Ela olhou pra Mari e disse:
—Olá, Mariana! —Disse Gabriele com calma e malicia.
—Porque você estava comendo esse coelhinho?
—A essa altura você já deve imaginar, mas se quer saber eu conto. Eu invadi sua casa noite passada e consegui pegar o veneno diretamente de seus dentes, e usei a seringa para injetar em mim.
—Uma pessoa em sã consciência não faria isso, tem alguém mandando nisso tudo, e eu sei que essa pessoa é a mesma que fez o pacto com seu Francisco.
—Esperta você né? Então vem me pegar.
Gabriele saiu correndo. Mari sacou a faca de prata que um dia foi de Lua e correu atrás de Gabriele. Mari caiu, bateu forte a cabeça no chão e desmaiou.
Continua...

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