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sábado, 18 de junho de 2011

Conto:Um Sonho#03




Paramos um pouco para descansar, e observamos a paisagem ao redor. Pensei novamente em minha família, mas agora não conseguia lembrar, era como se minha vida tivesse sido um pesadelo, do qual me lembro somente de algumas partes.
O tempo passou, descansamos, e continuamos andando. Ouvimos tiros vindos de lugar qualquer, mas naquele lugar tão tranqüilo, e perfeito não pareciam ter caçadores.
Aceleramos o passo e quando íamos chegando perto de uma cabana, que parecia abandonada, Rick pisou numa armadilha, daquelas de caçar coelhos, e ficou preso. O dia já estava no fim, e estava ficando escuro e aquelas árvores altas pareciam coisas sombrias, que observavam a gente. Um homem estava parado, a uns 5 metros da gente, e parecia estar se aproximando sem andar.
Ele parecia segurar um machado, tentei soltar Rick da armadilha, mas estava presa. Então resolvi ir até o homem, e ver o que ele queria. Peguei a faca que tinha, e fui até ele, mas ele sumiu. Ele simplesmente sumiu, como se ele nunca estivesse ali.
Então aquele lugar paradisíaco não era o que parecia, voltei correndo para Rick, mas ele já havia perdido muito sangue, já estava perto dele, quando algo prende nos meus pés e eu caio. Me levanto e vejo que o machado estava no chão, eu tinha tropeçado nele, e não sei como, mas ele estava cravado no meu pé.
Tentei correr, mas meu pé estava cortado ao meio. Quando finalmente cheguei a Rick, ele já estava morto. Senti culpa, dor, e solidão. Uma menina que parecia ser mais velha que Rick, me ajudou a levantar e me levou para dentro da cabana que parecia ser abandonada. Lá ela cuidou dos meus ferimentos e me deixou descansar. De manhã acordo bem melhor, levanto-me e me lembro que meu pé esta dividido ao meio, então sento de novo e fico pensando no que fazer. A menina chega de novo, e pergunto o nome dela. Ela disse que se chama Beatriz, mas que podia chamar ela de Bia e perguntou como me chamo, eu digo que me chamo Enzo.
Beatriz era como um anjo: simplesmente perfeita. Adoraria continuar ali admirando sua beleza, mas tinha que partir. Juntei minhas coisas, e me despedi dela, mas ela insistiu para que eu ficasse, e eu disse que teria que continuar minha jornada, para voltar à minha vida.
Ela então, decidiu ir comigo. Começamos a caminhada, o Sol estava alto e quase não tinham nuvens no céu, ele estava de um azul tão lindo, que se pudesse ficaria olhando-o o dia inteiro. Os pássaros cantavam, e borboletas voavam por todos os lados, era lindo, uma paisagem perfeita.
Passam algumas horas e paramos um pouco para descansar. Acabamos pegando no sono, e quando acordamos, estamos numa praia com águas cristalinas e rasas, que vão ficando cada vez mais profundas à distância.
Alguns coqueiros pelo caminho, uma praia que parecia uma ilha desabitada.
Vamos andando por lá, e bem lá distante da praia, encontramos uma vila, pequena, com poucas casas, e um terreno vazio, que não tinha absolutamente nada, fiquei imaginando inúmeras coisas que poderiam fazer com aquele terreno, mas guardei para mim.
Descemos e fomos até a vila, ela parecia desabitada, como a ilha, mas percebemos que não, pois nas casinhas tinham janelas onde vários olhos espiavam para ver os estranhos que ali estavam. De repente, alguém jogou uma pedra em Bia, mas errou, e pegou bem perto do meu “meio pé”.
Eu dei um berro de susto, pois no mesmo instante vieram varias outras pedras na nossa direção e começamos a correr.
Paramos no terreno vazio ao lado da vila, e uma pedra acertou a perna de Bia enquanto parávamos. Eu peguei três pedras que tinham chegado perto da gente, e atirei na direção da vila, acertei pessoas com elas, mas olhei direito e os seres que viviam naquela vila não pareciam humanos. Eram como aliens e faziam sons estranhos olhando fixamente para a gente.
Ficamos encarando-os por uns instantes mas depois algo chamou-os e eles saíram correndo. Naquele terreno eles não podiam entrar, era como se tivesse um campo de força impedindo eles de avançarem.
Saímos daquele terreno sinistro e encontramos um bosque com árvores de diferentes tamanhos, mas não muito altas, e alguns arbustos próximos às árvores, a grama era baixa, e não muito verde.
Era estranho, mas não tinha como passarmos a noite naquela vila então fomos para aquele bosque. Achamos alguns pedaços de troncos de árvores e montamos uma cabana. No meio da noite fez muito frio, e não tínhamos meio de nos aquecer, tive que abraçar Bia, e ela não pareceu se importar, comecei a achar que estava me dando bem. Ao longo da noite Bia demonstrou que sentia por mim, o mesmo que eu sentia por ela, e começamos a nos entender...
De madrugada, ofegantes e quase sem fôlego, ouvimos um barulho fora da cabana. Me vesti, e fui ver o que era, Bia estava apavorada, pois o bosque e a vila já eram sombrios de mais para estarem ali, e ainda ter que passar a noite naquele frio já eram de mais. Quando cheguei lá fora, um barulho ensurdecedor tomou conta dos meus ouvidos, e eu me encontrei no chão. Me levanto e volto para dentro, Bia assustada perguntou o que era, e eu disse que não sabia, pois não tinha visto nada.
Uma sombra de repente veio na minha direção e me jogou contra a parede de troncos da cabana, ela tentou ir em cima de Bia, mas eu peguei a faca e enfiei-a na sombra. A sombra era o homem que estava em pé quando Rick morreu, não sei por que eu sei disso, mas sei que quando cheguei perto dele, meu meio pé começou a doer, e o homem com a faca enfiada na cabeça virou para mim e tentou me sufocar, Bia bateu na cabeça dele com um pedaço de madeira que tinha por perto, e ele caiu. De repente, tudo ficou calmo e em silêncio.

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