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domingo, 3 de julho de 2011

Conto: A Vila dos Lobos #01



A vila dos Lobos

Felipe é um garoto de quatorze anos    que resolveu passar as férias no interior de São Paulo numa cidadezinha que as pessoas chamavam de “Vila Abençoada” porque ninguém sabe seu nome verdadeiro por ser tão pequena. Lá morava sua bisavó. Felipe estava muito ansioso para chegar à vila, queria encontrar seus amigos e primos.
Ele e sua família demoraram dois dias viajando para chegar à cidadezinha. Era um dia belo, com um sol bem quente, um clima ótimo para tomar um banho de cachoeira.
No dia da sua chegada, Felipe chamou seus primos Mariana e Diogo, que moravam lá também, para irem à cachoeira.
Mariana era uma garota de quinze anos, com cabelo loiro escuro e um pouco alta pra sua idade, todos a chamavam de “Mari”.  Diogo era um garoto de dezessete anos, era o mais velho dos três, tinha cabelo curto e  preto, olhos verdes.
Para chegar até a cachoeira tinham que atravessar uma mata. Caminharam por cerca de quinze minutos e, quando já dava para enxergar a cachoeira, eles escutaram passos e soluços abafados. Eles pararam e procuraram de onde vinha esse som, mais adiante encontram uma mulher que aparentava ter uns quarenta e dois anos, ela estava vestida com um vestido verde e rasgado, estava deitada no chão segurando uma blusa de criança que usava para enxugar as lágrimas. Mari a abordou:
—Quem é você? —Perguntou Mari— e porque está chorando?
—Meu filho... — Respondeu a mulher — Ele estava desaparecido, acho que morreu. Eu estava caminhado pela mata a sua procura, mas a única coisa que achei foi essa roupa dele, rasgada e... Cheia de sangue.
—Acalme-se —Disse Diogo— Mari, leve-a até a vila e volte para nos encontrar na cachoeira, o.k?
—Tudo bem eu a levo, a senhora mora onde mesmo? —Perguntou Mari— E qual é o seu nome?
—Meu nome é Rita e eu moro logo ali. —Respondeu ela apontando para um lado.
Mari levou Rita para casa, Diogo e Felipe foram para cachoeira.
Chegando lá, eles tiraram a roupa e ficaram apenas com as peças íntimas. Eles se divertiram um pouco na água e logo em seguida Mari chegou, todos eles tomaram banho e resolveram voltar para casa. No caminho Felipe perguntou:
—Quem será que matou o filho daquela mulher?
—A pergunta seria o que o matou. — Disse Mari—
—Isso não nos interessa. — Afirmou Diogo —
—Claro que nos diz respeito — Retrucou Felipe — O que matou o filho dela pode matar todos nós! Pode ser um Chupa-Cabra, ou um Vampiro, ou qualquer coisa aterrorizante!
—Não foi nada disso que matou este garoto — Disse uma Garota que aparentava ter a mesma idade de Felipe — Foi um Lobisomem.
— Como você pode ter tanta certeza? Por acaso você é algum tipo de especialista? —Perguntou Mari com ironia.
—Para sua informação sou sim, uma especialista. Meu Nome é Lua, Lua Fernandes, filha do caçador Renato Fernandes.
—Nunca ouvi falar dele — Argumentou Diogo.
 —Não ligue para meus primos Lua, meu nome é Felipe, esses são Mari e Diogo— Disse Felipe todo derretido — Agora conte como você sabe que é um Lobisomem?
—Meu pai está nessa cidade há um mês, pois já havia casos de morte muito violentas e já viram Lobos andando como bípedes. Há suspeitas que são três Lobisomens, por isso eu sempre ando com uma faca de prata.
Lua se abaixou, pegou uma faca de quase vinte centímetros do lado direito da bota. A faca estava melada de uma gosma de cor inexplicável.
—Você me assusta – Argumentou Mari.
Depois desse encontro, todos se afastaram e voltaram para suas casas.
Continua...

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