Bem Vindos ao De olho na Leitura!!
Blog criado pelo 7 Ano A do Colegio Resgate Brotas SSA, com intuito de incluir a leitura na vida das pessoas.

sábado, 16 de julho de 2011

Conto: A Vila dos Lobos #03

Felipe e Lua conversaram sobre todos os acontecimentos daquele macabro dia que entrou para a historia.
Naquele mesmo dia várias pessoas morreram assassinadas pelos outros dois lobisomens e as suspeitas só aumentavam. Sempre tinha aqueles de quem ninguém tirava o olho como Rodrigo, Gabriele e Diogo.

***

Depois de alguns dias, em outra noite de lua cheia, uma coisa horrível aconteceu: a cidade toda estava em chamas, foi muita confusão para uma noite só. Um dos lobisomens estava atacando todos que viam pela frente, Lua de repente gritou:
—Para dentro das cavernas subterrâneas —Ela puxou Felipe com ela.
 Um lobisomem chegou por trás deles e Lua os defendeu com sua faca, atingindo a barriga do lobisomem. Com raiva e ainda vivo, o lobisomem mordeu o braço de Lua, mas ela continuou a esfaqueá-lo, até o lobisomem aparecer em sua forma humana e dizer:
—Eu juro... Não queria que fosse assim — Gemeu Diogo.
Ele olhava para Mari com um olhar de imensa dor, que emocionou a todos que estavam na caverna. Algo que ninguém imaginaria aconteceu: o sangue que saía de Diogo era da mesma cor do sangue que saíra de Ítalo no dia de sua morte. Ninguém havia reparado, mas era de uma cor estranha, difícil de descrever ou imitar. Logo em seguida ele virou pó, assim como Ítalo. Mari chorava muito e para consolá-la Lua disse:
—Só fiz o que deveria ser feito —Disse Lua— E logo em seguida eu também terei de morrer porque ele me mordeu no braço.
—Não, isso não pode ser verdade—Gritava Mari—Ele não pode...
—Isso não foi culpa dele —Afirmou Felipe —Ele não escolheu isso. Sinto muito Mari, Diogo morreu.
—Não! —Teimou Mari entre soluços —Você viu quando Lua o atingiu, eu vi nos olhos dele, ainda era ele... Ainda era... Vocês viram quando Lua o esfaqueou, por um segundo ele ficou confuso, por um segundo ele voltou a ser ele mesmo.
  —Tive uma idéia, Lua. —Falou Felipe para descontrair— Nos podemos fugir, eu e você, para um lugar que não nos conheçam...
—Nada disso. Eu escolhi morrer para não matar — Protestou Lua — Eu te amo muito, mas com essa maldição tudo me impede de ficar com você. 
—Se você se matar, eu juro que me mato também para te encontrar no céu ou no inferno.       
Felipe chorava e, com muita raiva, gritava. O barulho despertou uma fúria desconhecida em Mari que do nada se virou para Lua e começou a berrar:
—Você queria que ele morresse não foi? Você não o conhecia antes, Lua, eu sim!
—O que há com você — Rebateu Felipe— Por que continua a defendê-lo?
—Eu o amava, eu nunca gostei do Rodrigo, eu só namorava o Rodrigo para...
O que quer que seja que Mari iria dizer não pode terminar, pois ela desmaiou.
Passados alguns minutos Lua começou a gritar, parecia sentir uma dor muito forte, o local machucado pela mordida de Diogo, começou a sangrar mais e mais, o sangue dessa vez estava diferente, estava da cor do sangue de lobisomem. Lua começou a tremer parecendo que estava sendo possuída, todos ao seu redor se assustaram, por um minuto Lua pareceu voltar ao normal e disse:
—Mate-me, agora meu amor... Não há mais chance de vida normal para mim ao seu lado.
—E quem disse que para ser feliz tem que ser normal?!
—Felipe eu não pedi sua opinião, eu pedi para você me matar.
Felipe estava confuso e sem saber o que fazer. Ao ver o amor de sua vida se transformando em um monstro feroz e sem alma, ele tomou uma das decisões mais importantes e difíceis de sua vida, algo que nunca havia feito antes. Pegou a faca de prata e enfiou no coração de Lua.
Depois de algum tempo, ao retirar a faca do peito o coração de Lua veio junto com a faca. Felipe e todos que estavam próximos ficaram horrorizados, e por um instante ouviu a voz de Lua dizer em sua mente dizer “Obrigado”.
 Continua...
 
Ler #01 aqui
Ler #02 aqui

Nenhum comentário: